terça-feira, 17 de maio de 2011

Educação financeira e a paciência

Há um tempo para tudo e um tempo para todo o propósito debaixo do céu” (livro eclesiastes, 3.1)
“Paciência é uma virtude de manter um controle emocional equilibrado, sem perder a calma, ao longo do tempo. É a capacidade de persistir em uma atividade difícil, tendo ação tranqüila e acreditando que você irá conseguir o que quer, de ser perseverante, de esperar o momento certo para certas atitudes. Ser paciente é ser educado” (Wikipédia)
Portanto, a educação financeira tem como uma das suas atribuições capacitar os indivíduos para resistirem à tentação do consumo imediato em função de benefícios futuros. Devemos ser capazes de resistir ao “AGORA” e ter paciência, isto é, devemos respeitar o tempo que as coisas precisam ter para se realizar. Nada se consegue sem sacrifício. Se o nosso sonho é ter a “casa própria”, devemos ter a capacidade e a coragem de sacrificar parte do nosso consumo presente para que possamos realizar o sonho sem comprometer a sustentabilidade da família. Infelizmente poucas pessoas conseguem resistir à tentação do consumo e acabam por tomar decisões de forma precipitada, muitas vezes por impulso, num momento de grande emoção e sem ter a consciência do que a família vai abrir mão para realizar este sonho. Frequentemente essas decisões têm consequências graves para a família, debilitando a coesão familiar, trazendo para dentro da “casa nova” o stress, os juros, a depressão, a prestação, a falta de paciência, o medo de perder o emprego entre outras enfermidades psicológicas que acabam por deixar sem sentido todo o propósito da realização do “investimento”.
A educação financeira esta associada à disciplina, comportamento e comprometimento com o nosso futuro. A paciência e o empenho em conseguir uma vida melhor para a família deve ser buscada por qualquer indivíduo, porém não é fácil. Muitas vezes precisamos de ajuda na forma de educação financeira e apoio psicológico que nos permite alcançar maior maturidade em relação aos nossos comportamentos. Entretanto, para o nosso país - uma sociedade em que muitas pessoas são motivadas por “basofaria”, vaidade, ostentação etc - somente com a intervenção do estado por meio de “incentivos” (ex: Impostos sobre o património etc) é que será possível permitir às famílias fazerem melhores escolhas.
A maturidade emocional é fundamental na determinação dos nossos comportamentos em relação ao dinheiro, e por isso a educação financeira deve começar muito cedo, em casa e reforçada nas escolas para moldar a nossa relação com o dinheiro. É necessário saber discernir os gastos para satisfazer os nossos desejos dos gastos por necessidade. É necessário que as famílias adoptem o hábito de elaborar o planeamento financeiro, com objectivos nítidos a serem alcançados a longo prazo e exercitar a PACIÊNCIA necessária para aguardar o tempo previsto.

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