domingo, 30 de outubro de 2011

10 dicas de como pagar suas dívidas e ficar milionário

Posted in: Seu dinheiro
Existem algumas formas de se ficar milionário nos dias de hoje, como ganhar na mega-sena, nascer em berço de ouro, ou pagar suas dívidas, gastar menos do que ganha e investir o excedente. No post de hoje vamos tratar da última opção. Para pagar suas dívidas e ter um excedente para investir e ficar rico siga as dicas abaixo. Mas siga à risca, lembre-se, disciplina é tudo.
Como pagar suas dívidas:
1- Faça um levantamento de todas as suas dívidas – Para sair do vermelho, a primeira medida é saber a quem você deve. Identifique todas as dívidas, cartões de crédito, cheque especial, carnês das Casas Bahia, cartões de lojas de departamentos, açougue, supermercado, luz, água, telefone…
2- Organize tudo, começando com aqueles mais urgentes e/ou com taxas de juros mais altas, por exemplo, é interessante pagar primeiro a luz, para não ficar no escuro, também é bom pagar logo o cheque especial, que tem alta taxa de juros, na faixo dos 80% ao ano.
3- Cancele os cartões de crédito – Se você está endividado, uma medida importante a ser tomada é cancelar os cartões de crédito e parcelar a fatura devida. Assim você começa a se livrar de um dos endividamentos mais caros de todos, com juros na casa dos 150% ao ano.
4- Cancele os cartões fidelidade das lojas de departamento, tipo C&A e Renner. Eles são uma armadilha, pois além de estimularem gastos desnecessários, ainda oferecem dinheiro extra para saque. Entenda, esse dinheiro não é seu. Em breve você terá que devolve-lo. Isso nada mais é do que um empréstimo com juros extremamente altos.
5- Converse com o gerente do seu banco e cancele o cheque especial. Assim você pode parcelar também essa dívida e ir pagando aos poucos com valores que se adequem a seu orçamento.
6- Negocie com seus credores as condições para pagamento. Procure cada um deles e diga: ‘Tenho essas condições para pagar, é pegar ou largar’. A probabilidade do sujeito aceitar é grande, mesmo porque ele prefere receber, mesmo que seja aos poucos do que não receber nunca…
7- Controle suas despesas, corte gastos sem piedade. Sua filha precisa de uma calça nova para ir a uma festa? Corte a festa e ela não precisa mais da calça… Você economizou em 2 lugares!
8- Gaste somente com o essencial. Essa é a única forma de sobrar algum dinheiro para pagar as dívidas. Não gaste mais do que 80% de seus ganhos, reserve os 20% restantes para saldar os compromissos.
9- Economize sempre que possível e peça descontos quando for comprar algo. Todos sabemos que comprar bem não é cair na lábia de vendedor, mas sim negociar e pagar menos por aquilo que você necessita.
10- A disciplina é importante. Se você se compromete com seu projeto de sair do vermelho, não adianta achar que vai chegar num determinado ponto, quando as dívidas já estiverem menores e abrir a carteira novamente. Se fizer isso você cria um círculo vicioso e irá colocar tudo a perder.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Nos Emirados, dívidas com cartões podem levar à cadeia


Antes de chegar a esta meca do trabalho imigrante aos 48 anos, Evelyn Naces, enfermeira filipina, nunca tinha tido um cartão de crédito. Logo ela passou a ter 14 deles – e, assim como milhares de outros trabalhadores estrangeiros aqui, foi presa por dívidas.
“Quando eles me algemaram foi o pior”, disse Naces, que tinha US$ 27 mil em contas atrasadas, a maioria por ajudar seu filho adulto a iniciar um negócio nas Filipinas, que depois faliu. “Senti-me tão degradada”.
Por anos, os bancos lançaram cartões de crédito para os estrangeiros que chegaram aqui para trabalhar em shoppings e preencher as torres de escritórios. Os trabalhadores, muitos deles crescidos em países pobres e agora com facilidade para obter crédito, gastaram mais do que podiam. Perdas surpreendentes se seguiram, com prisões para os que não podiam pagar.
Consideradas como empréstimos contratados de forma irresponsável ou praticas financeiras negligentes, as histórias oferecem uma visão pouco comum sobre as emoções escondidas – redes de orgulho, culpa e obrigações familiares – que acompanham milhões de imigrantes de todo o mundo.
Alguns compravam por prazer, mas muitos acumulavam contas por atender a pedidos de parentes pobres para necessidades tão variadas como gado e cuidados médicos. A capacidade de dizer 'não’ poucas vezes parecia uma opção. Mas, outras pessoas, se sentindo desenraizadas, construíram casas em seus países de origem, casas que elas podem nunca ocupar. Algumas mães que deixaram seus filhos para trás tentaram acalmar seu sentimento de culpa com presentes caros.
“A família no país de origem muitas vezes pensa que o imigrante está ganhando muito dinheiro e eleva suas expectativas”, disse Grace Princesa, embaixador filipino para os Emirados Árabes Unidos, que tornou a redução do débito parte de uma campanha do governo para melhorar as condições de imigrantes. “O imigrante pobre vai mais fundo na divida. É um ciclo vicioso”.
Esse foi o caso de Naces, agora com 52 anos. Ela é mãe solteira e deixou seu filho pequeno com seus pais e foi à Arábia Saudita para ganhar dinheiro para sustentá-lo. Quando ela chegou aos Emirados, em 2007, ele já havia crescido sem ela.
Embora ela não pudesse obter um cartão de crédito na Arábia Saudita, nos Emirados ela mal conseguia evitar um. Vendedores perseguem enfermeiras do lado de fora de hospitais e fiéis após a missa numa igreja filipina.
Naces comprou móveis, roupas e refeições para si, mas suas maiores despesas envolveram seu filho, cuja afeição ela temia ter perdido. Ela construiu uma casa para ele nas Filipinas e comprou cinco carros com cartões de crédito para que ele pudesse começar um negócio de aluguel de veículos. “Senti-me culpada por estar longe e não tê-lo criado”, ela disse. “Eu estava tentando compensar”.
Ambos foram para a cadeia – ele, por acusações envolvendo drogas; ela, por dívidas.
Embora o governo não revele quantos devedores foram presos, um órgão legislativo, há muitos anos, estimou que 10 mil deles estavam em tribunais ou na prisão. O chefe policial de Dubai reclamou que os devedores enchem as cadeias sem necessidade, e funcionários alertaram ao ministério do Trabalho de que os problemas de dívidas distraem os empregados. Cerca de 85 por cento da população do país – e 99 por cento da força de trabalho do setor privado – consiste em trabalhadores estrangeiros, e autoridades locais observam sinais de insatisfação.
“Os funcionários disseram que essa era uma prioridade”, afirmou Qassim Jamil, do ministério do Trabalho.
O Banco Central apertou as regras para empréstimos este ano. O ministério do Trabalho patrocinou um programa de educação financeira para líderes imigrantes.
“O que queremos? Liberdade!”, gritou Princesa, a embaixadora, numa sessão para filipinos. “Liberdade da pobreza! Liberdade de problemas com cartões de crédito! Liberdade de problemas com bancos!” Se os imigrantes gastaram intensamente, as instituições que emprestaram o dinheiro os incentivaram. Tradicionalmente, o uso do cartão de crédito era baixo (em parte devido a escrituras islâmicas contra a cobrança de juros), mas os bancos detectaram um novo mercado e agiram agressivamente.
Com bancos estrangeiros como HSBC e Citigroup lutando por participação no mercado local, o numero de cartões chegou a 4 milhões em 2008, um aumento de cinco vezes em cinco anos, de acordo com o Lafferty Group, uma empresa de pesquisa de Londres. Mas o país não possui um bureau de credito confiável, então as instituições que concedem empréstimos não sabem dizer quantos cartões foram emitidos ou o nível da dívida.
“Os bancos estavam loucos para emprestar, e não possuíam verificações de crédito adequadas”, disse Andrew Neeson, analista do Lafferty.
Cortejados com presentes e taxas atraentes, poucos mutuários entendem os custos. A taxa de juros média no ano passado nos Emirados, em 36 por cento, era mais que o dobro da média global, e os bancos regularmente acrescentam outros 10 por cento por seguro de incapacidade e morte. Alguns trabalhadores pegaram empréstimos com juros de 50 por cento ou mais.
Qualquer pessoa pode ficar tentada com o crédito fácil, mas os imigrantes criados na pobreza podem achar os belos shoppings daqui especialmente inebriantes.
“Na primeira vez que eu usei meu cartão, fiquei maravilhada”, disse Naces.
“É uma sensação de empolgação, de poder – de grandiosidade”.
Rex Arcenio, optometrista filipino, aceitou um cartão especial porque vinha com uma caneta Montblanc e um percurso de limusine até o aeroporto para sua viagem anual. “Era como um símbolo de status”, disse.
Ele acumulou US$ 50 mil em dívidas – para a educação dos filhos, para o tratamento de câncer do irmão e uma casa em Manila – e foi brevemente preso.
Tecnicamente, os devedores vão presos pela devolução de 'cheques de segurança’ em branco que eles devem assinar quando aceitam um cartão. Se os consumidores não pagarem, os bancos podem depositar os cheques pela quantia devida, e cheque sem fundos é crime.
Sendo estrangeiros ou nativos dos Emirados, os clientes que pegam empréstimos devem pagar a dívida depois de sair da cadeia, embora os bancos muitas vezes aceitem reduções.
Trabalhadores capacitados aqui geralmente são mais bem tratados do que em países vizinhos como Arábia Saudita, o que pode fazer com que suas dívidas causem um choque. As condições das prisões nos Emirados são descritas como confortáveis, mas os acusados muitas vezes aparecem no tribunal com correntes no pé.
“Meu mundo entrou em colapso”, disse Arcenio, um homem orgulhoso que usava uma bata de laboratório branca.
Aisha Alambatang, 54 anos, que foi presa por um mês em fevereiro por dívida com um cartão, pode ir para a cadeia novamente por dívidas com outros.
Enfermeira filipina com três filhos, Alambatang passou grande parte da infância deles no exterior, sustentando-os da Arábia Saudita. Quando ela chegou aos Emirados há oito anos, recebeu um aumento e seis cartões de crédito.
Ela construiu casas para si e para a filha e ajudou os filhos a iniciar vários negócios falidos. Depois, ela pagou para que dois deles se mudassem para Abu Dhabi para procurar emprego.
Logo ela passou ganhar um salário de US$ 2.200 e uma dívida de mais de US$ 3 mil. Sua filha estava no tribunal quando Alambatang chegou. “Quando minha filha me viu com uma corrente no pé, senti meu coração se partir”, disse.
Temendo voltar para a prisão, Alambatang sente palpitações quando vê a polícia, e dorme com a filha para confortá-la.
“Não estou mais na cadeia. Mas aqui”, ela disse com a mão sobre o coração, “estou mais presa”.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Primeiro Passo para Começar a Poupar – Orçamento

Texto interessante que encontrei na net, no site http://www.educacaofinanceira.info/.

Se você quer poupar dinheiro e não têm idéia por onde começar, sugerimos orçamento. Saber como definir um e, mais importante, como segui-lo, será algo que você precisará aprender se quiser ser bem sucedido.

1. Por Que Um Orçamento É Tão Importante?
O orçamento está na base de todo plano de como economizar dinheiro. Não importa se você está vivendo de salário mínimo ou ganha uma fortuna todo mês, você precisa de saber para onde está indo seu dinheiro.
Ao contrário do que muitos acreditam, o orçamento não é tudo sobre como restringir o que você gasta  ou cortar todos os prazeres de sua vida. É sobre  você entender quanto dinheiro você tem, para onde ele vai e como planejar e alocar melhor esses fundos.
Na superfície, parece que a criação de um orçamento é apenas um exercício financeiro extramente tedioso, especialmente se você acha que suas finanças estão em ordem. Mas você pode se surpreender com o quão valioso um orçamento pode ser. Um bom orçamento pode ajudar a manter seus gastos sob controle e até mesmo ajuda-lo a descobrir alguns problemas de fluxo de caixa.

2. Como Definir Um Orçamento
A parte mais difícil da criação de um orçamento é sentar e criar um. É como olhar para um pedaço de papel em branco quando você precisa escrever algo e que o primeiro passo parece ser um obstáculo enorme. Não se preocupe – este artigo quebra o processo em passos faceis de serem criados. Você será capaz de criar um orçamento básico em apenas alguns minutos.

3. Características De Um Orçamento Bem Sucedido
Apos criar um orçamento, agora você precisa segui-lo. Orçamento é como dieta. Todo mundo começa com boas intenções, mas depois de algumas semanas ou meses elas perdem controle. Não deixe que isso aconteça com você. Aqui estão algumas características básicas que garantirão o sucesso do seu orçamento.

4. Gastar Menos Do Que O Seu Orçamento Permite
A principal razão para criar um orçamento é ajudar você a manter suas finanças sob controle. Se você está se desviando do orçamento é porque você esta gastando muito dinheiro em alguma categoria. Mas se você tem um orçamento que lhe diz exatamente o quanto você pode gastar, porque você tem ido além? Há uma série de razões para isso. Quando você entender esses motivos, você podera colocar um fim nisso e manter o seu orçamento .

5. Use Dinheiro Vivo Para Manter Gastos Sob Controle
Usar cartão tornou-se incrivelmente fácil. Com os cartões de crédito e cartões de débito, você pode inicializar e finalizar  uma compra em segundos. Infelizmente essa comodidade tem um custo. Ao usar cartão de crédito podemos começar a perder o controle de quanto dinheiro está sendo realmente gasto. Um real aqui, dois lá podem não parecer muito no momento da compra, mas se você não tiver cuidado eles podem acumular e quebrar seu orçamento. Um truque para ajudar a manter seus gastos sob controle diário é usar o dinheiro em vez de cartões de crédito ou débito. Pode não ser tão rápido, mas isso ajuda a visualizar quanto dinheiro você está realmente gastando.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

10 dicas para chegar ao final do ano sem dívidas

Existem pessoas que parecem não conseguir viver sem dívidas. São aqueles que sempre estão com prestações atrasadas, cheque especial estourado ou com a conta corrente no vermelho. Nesse momento, é importante que essas pessoas liguem o sinal de alerta e busquem soluções para sair dessa situação.

A falta de dinheiro afeta muito mais do que o bolso da pessoa, ela pode ser causadora de stress, depressão, conflitos familiares e atrapalhar também a produtividade profissional. Por isso, ter disciplina nos gastos, planejamento financeiro, e organização são pontos fundamentais para trabalhadores que queiram viver sem dívidas.

Segundo o especialista Reinaldo Domingos “é muito comum escutar: ‘só consigo obter as coisas se fizer dividas’ e, infelizmente, isso é verdade para um grande número de pessoas, que fazem parte dos milhões de brasileiros endividados e que somente adquirem bens e produtos se contraírem prestações e financiamentos. Isso se deve a diversos motivos dentre os quais, a falta de educação financeira, além da facilidade de obtenção de crédito e o marketing publicitário, que cada vez é mais forte”. Um recente levantamento divulgado na última quinta-feira (25), pela Fecomércio de São Paulo, revelou que os vilões do endividamento são os financiamento de veículos (10%), crédito consignado (10%), cheque especial (10%), carnês (31%) e o grande campeão dos juros altos foi o cartão de crédito, com 68% dos endividamentos entre os trabalhadores.

Mais da metade das famílias endividadas asseguram na pesquisa ter entre 11% e 50% da sua renda comprometida com dívidas em fevereiro.
Reinaldo Domingos ressalta que se as pessoas endividadas agissem de forma diferente, certamente, teriam muito mais bens e ainda conseguiriam investir em sua independência financeira. “É fundamental ter em mente que, quem tem prestações tem dívidas, quem tem dívidas paga juros, quem paga juros conquista menos em sua vida. Portanto, o melhor a fazer é primeiro saber o quanto custa o que se quer adquirir, guardar parte do que se ganha e realizar muito mais sonhos e desejos”.

O consultor Gustavo Cerbasi, um dos principais especialistas em finanças pessoais do país, aponta que quando o assunto é dinheiro, muitas pessoas começam o ano preocupadas com os meses seguintes. Em alguns casos, a dificuldade em quitar as dívidas faz com que muitos profissionais procurem especialistas e planos para sua própria organização financeira. Nesse caso, a procura por livros, cursos e programas especializados em educação financeira podem colaborar as pessoas a colocarem suas finanças em ordem.

Veja 10 dicas, elaboradas por Gustavo Cerbasi, para a pessoa se organizar e chegar em dezembro de 2010 com as finanças sem dívidas:

1) Guerra contra as dívidas. Se você está devendo, não fique empurrando com a barriga. Reúna a família, discuta o problema e decrete guerra às dívidas;

2) Simplifique sua vida. Não abra mão do lazer para conseguir pagar suas contas. Prefira diminuir o padrão da casa ou do carro, preservando sua qualidade de vida;

3) Contas na ponta do lápis. É importante aprender a fazer uma planilha de gastos, mesmo que simples, para que você tenha uma noção clara de sua realidade financeira;

4) Simplifique o controle. Não queira assumir um controle fantástico de suas finanças. Costumamos desistir de tudo que rouba nosso tempo. Guarde comprovantes em uma pasta e estude seus gastos uma vez ao mês;

5) Evite compras a prazo. Tendemos a esquecer das prestações, motivo que nos leva ao cheque especial.

6) Antecipe grandes gastos. Todo ano temos Páscoa, Dia das Mães, dos Namorados, dos Pais, das Crianças e Natal, além dos aniversários. Se você sabe que terá grandes gastos nessas datas, comece a poupar para eles.

7) Crie uma reserva de emergências. Você deveria ter poupado dinheiro suficiente para três meses de seus gastos. Se não tem, comece a formar sua reserva agora.

8) Contrate um plano de previdência privada. Cuide de seu futuro, mas comece poupando pouco, pois nesse dinheiro você não deverá mexer.

9) Dedique uma ou duas horas por mês ao aprendizado. Pode ser pela Internet, jornais ou livros. Estude principalmente sobre investimentos e impostos, para aprender a melhorar suas escolhas.

10) Busque auxílio. Se alguma das dicas anteriores lhe parece impraticável, busque orientação de especialistas. O Your Life Finanças, por exemplo, é um dos serviços mais acessíveis do mercado para isso.

“É preciso conhecer o caminho do seu dinheiro, desde que entra em seu bolso no início do mês até o início do próximo, fazendo um bom diagnóstico financeiro”, complementa Reinaldo Domingos.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Casa Própria: Cuidados na hora de comprar o seu imóvel

Texto encontrado no site http://www.consorciodeimoveis.com.br
O sonho de possuir uma casa própria, saindo da casa dos pais, deixando de dividir a casa com parentes, amigos e, principalmente, deixando de pagar aluguel acompanha um grande número de brasileiros.
Contudo, a falta de um planejamento financeiro faz com que muitas vezes esse sonho se torne um verdadeiro pesadelo, levando a pessoa a um grande endividamento, que comprometerá o futuro financeiro dela e de sua família.
Assim, qual é a hora certa de comprar uma casa?
A resposta dessa pergunta é que essa aquisição só será possível quando a pessoa tiver total controle de suas finanças pessoais, podendo direcionar uma parte de sua receita para esse fim. Para isso é necessária uma posição pró-ativa perante o dinheiro, controlando os seus gastos, tomando as rédeas de sua vida financeira.
O primeiro passo é estabelecer qual o valor do sonho que deseja realizar. Assim tem que mentalizar qual é a casa que deseja comprar. Só com esse valor em mãos é que realmente se pode iniciar o controle das finanças, determinando o objetivo a ser atingido.
O próximo passo será a elaboração de anotações diárias com todos os gastos descriminados, esse material deve ser repassado para uma planilha, a partir da qual realizará uma análise mensal dos gastos, vendo onde esses são excessivos e o que pode ser feito para economizar.
São vários os exemplos para fazer economia: famílias que possuem dois carros, deixando um parado na garagem, podem vender um e se o carro for popular, além do valor da venda, economizará aproximadamente R$500,00 por mês de manutenção. E esse é apenas um caso.
É importante registrar que não basta somente guardar o valor total da casa, mas, também somar a este montante o valor da escritura, instalações, móveis, entre outros gastos. Também deverá ser verificado e estudado o entorno de onde se pretende comprar a nova casa, por um motivo simples: o custo de vida do local.
Geralmente se quer um lugar melhor e aí o custo do padrão de vida mais alto pode refletir, diretamente no orçamento financeiro, como exemplo custo da padaria, gasolina, açougue, condomínio, IPTU, entre outros.
Ainda do local, uma casa perto do local de trabalho é interessante, mas não fundamental. Atualmente, as pessoas mudam constantemente de emprego, assim você nunca saberá onde trabalhará no futuro. Um lugar bom hoje pode ser péssimo amanhã. O ideal e comprar uma casa em local de fácil acesso.
Não pense que as preocupações acabaram com a compra, sendo que é sempre importante lembrar que se a casa não for nova também cria a necessidade de reformas, por isso, antes da aquisição é preciso analisar o estado de conservação. Uma casa em estado péssimo de conservação com certeza representará custos, sendo que ninguém é feliz em uma casa caindo aos pedaços. O ideal é uma casa nova, caso não seja possível examine cuidadosamente suas instalações, antes de fechar o negócio.
Com a facilidade de crédito, com muitos anos para pagar, se criou um grande risco para famílias, visto que nossa população brasileira ainda não tem o hábito e a cultura de projetar em seu orçamento estas prestações.
É aconselhável que se faça uma simulação de financiamento,em algumas instituições financeiras de crédito habitacional e conhecendo o valor da prestação, deverá ser feito uma simulação inserindo este valor dentro do orçamento financeiro. Também pode-se optar por um consórcio de imóveis, fazendo a simulação e comparando as vantagens.
É muito importante registrar que nem sempre a melhor opção é trocar o aluguel pela prestação da casa própria, visto que o aluguel no Brasil vem sendo cada vez mais baixo em relação ao valor do imóvel, portanto muitas vezes é melhor conhecer o que iria pagar em um financiamento, continuar pagando aluguel e guardar a diferença entre a simulada prestação do financiamento, menos o valor do aluguel. Em um prazo menor que o financiamento você poderá adquirir a casa, pois, os juros estarão ao seu favor e não o contrário.
Assim, aproveitar as oportunidades oferecidas é muito bom, entretanto, isso só será realmente válido com muito cuidado, fazendo com que a decisão seja acertada e o sonho seja realmente realizado.

sábado, 20 de agosto de 2011

Resistir ao crédito fácil é fundamental para evitar efeito bola de neve nas dívidas

Colocar as contas no papel até que é uma atividade comum entre as famílias brasileiras. Mas nem todas seguem à risca o que está escrito. Água, luz, telefone, internet, aluguel, escola das crianças, alimentação, passeio no fim de semana, conserto do carro e pronto, o dinheiro foi embora. Para o que falta, cheque especial. Não tem? Cartão de crédito. E assim começa o calvário de 54% das famílias brasileiras: o endividamento que parece não ter fim.
 Com a melhora na economia do país, ficou mais fácil comprar com prazos a perder de vista. Mas a facilidade pode, logo, logo, se tornar um tormento. Por trás do parcelamento em dezenas de meses se escondem os juros e, pior, o comprometimento das receitas com despesas adicionais por um período extenso, o que, na ausência de planejamento, pode agravar a situação.
 Uma dica importante para evitar o efeito bola de neve nas contas, de acordo com a contadora Dora Ramos, é não ceder à tentação do crédito fácil, que, segundo ela, pode se tornar caro demais. De acordo com a contadora, é importante, antes de parcelar uma compra ou adquirir um empréstimo, avaliar a real necessidade de fazer isso. "Acredito que o mais importante é manter a possibilidade de obter o crédito quando ele realmente for necessário, num momento de real necessidade. Uma atitude precipitada no passado pode prejudicar a obtenção do crédito quando ele realmente for necessário", afirma Ramos.
 Na hora da crise
 Estar preparado para situações adversas também é fundamental. Mesmo quem mantém as contas no azul está, diariamente, sob o risco de entrar em crise. O motivo? Imprevistos. Ter receitas para cobrir as despesas não é o suficiente. Coisas como problemas de saúde ou reparos urgentes na casa ou no carro podem desequilibrar orçamentos que vivem no limite. Por isso, a recomendação é ter reservas. E reservas com fins bem planejados.
 "Sem dúvida, a poupança é uma saída. Mas, para que seja uma saída eficiente, é preciso pensar, prever quais seriam as despesas imprevistas", afirma Dora Ramos. Segundo a contadora, "uma poupança aleatória pode não ser suficiente, uma poupança consciente e segura só será possível através de planejamento, até para que se possa decidir qual o tipo de poupança deve ser feita".
 Família unida
 Em se tratando da família, a concentração da responsabilidade no pai ou na mãe, certamente, vai ser um problema em um momento de crise. "Se os familiares não sabem a situação financeira e porque estão guardando dinheiro, eles vão querer comprar tudo que têm vontade", afirma Reinaldo Domingos, autor do livro Terapia Financeira. De acordo com ele, "a tomada de decisão em conjunto fará com que as privações sejam aceitas e que os objetivos sejam os de todos, e não apenas de uma pessoa".
 Para Dora Ramos, "uma família que consegue fazer planejamento financeiro, atua de forma mais consciente" e todos os membros da família aprendem a importância de ter as contas organizadas. "É praticamente impossível um planejamento financeiro familiar que não envolva ou afete todos os membros da família. Enfim, pode ser o princípio de atitudes mais conscientes como cidadãos", afirma a contadora.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Educação financeira e incentivos

“Os incentivos são a pedra de toque da vida moderna. Entendê-los – ou, na maior parte das vezes, investigá-os – é a chave para solucionar praticamente qualquer enigma, dos crimes violentos à trapaça nos esportes ou ao namoro na internet.”  Steven Levitt

A economia como ciência, embora não tenha alcançado, ainda, a maturidade que se verifica nas ciências exactas, tem registado progressos consideráveis em termos metodológicos e relaxamento dos pressupostos básicos tais como o princípio da racionalidade. Um dos aspectos que pode-se citar para justificar essa opinião é o contributo dado pela economia comportamental. Essa corrente da economia tem utilizado os recursos da psicologia para entender o comportamento dos agentes económicos e fornecer bases psicológicas mais realistas para entender o processo decisório dos consumidores e produtores.
Defende-se que o comportamento dos consumidores é moldado pelos diferentes incentivos que existem na sociedade e somos previsivelmente irracionais nas nossas decisões. O comportamento não é aleatório mas sim sistemático e pode-se criar mecanismos de incentivo para permitir melhores decisões.
Geralmente os agentes económicos não têm consciência da sua limitada racionalidade e não conseguem melhorar a sua situação, ficando em condições sub-otimas. Esse problema surge principalmente quando os consumidores não possuem maturidade emocional suficiente para resistir o apelo ao consumo de luxo e supérfluo, tornando-se prezas fáceis para as empresas de marketing e do padrão de consumo supérfluo da sociedade globalizada.
Uma consequência do processo da Globalização é a mudança nos hábitos de consumo, mundialização do padrão de consumo e homogeneização da “referência de escolha” de produtos pelos consumidores. Diversos países, embora sendo pobres, apresentam um padrão de consumo semelhante a países já desenvolvidos isto é, usufruem dos mesmos bens de consumo da classe média de países ricos, ostentando os mesmos carros, computadores, roupas, electrodomésticos, casas, alimentação etc, sem terem a noção da diferença absurda do esforço relativo que tem de fazer para obter esses bens em comparação com os países ricos.
Esse padrão de consumo é divulgado pela mídia e torna-se referência para a maior parte da população. Uma vez adoptado o hábito de consumo torna-se difícil de abrir mão dele. Também, sendo na sua grande maioria bens de consumo importado, tem pouco contributo para o processo de acumulação de capital e portanto limita o crescimento económico do País.

A educação financeira permite ter capacidade de resistir ao consumo supérfluo imediato e está condicionada á estrutura de incentivos que a sociedade apresenta. Deve-se garantir que as decisões de investimento/gasto sejam feitas de forma racional em vez de serem determinadas por factores emocionais tais como a vaidade, ostentação, desejo e impulso. Neste contexto é imprescindível a criação de incentivos económicos, sociais, morais etc que possa orientar a população no processo de decisão.
O contacto mais frequente com a propaganda, facilitada pela globalização, tem moldado o padrão de consumo e criado habitos de compra nitidamente insustentáveis porém, altamente aliciante e viciante. O comportamento de compra desenfreada de bens de consumo de luxo (entendendo como luxo os bens que participam de forma significativa no orçamento familiar) é fortemente incentivado pelo padrão moral/cultural da nossa sociedade que, nitidamente, valoriza o “ter” e o “parecer” em detrimento do “ser”. Levando as famílias a sobre-investimentos em bens de consumo (ex: casas e carros) o que, por sua vez, limita o desenvolvimento do País.
Esta situação, na ausencia de mecanismos económicos de regulação tende a criar um circulo vicioso em que se satisfaz o ego e a vaidade porém, compromete o desenvolvimento da sociedade.
A estrutura dos incentivos na sociedade é fundamental para contornar esta situação e por isso é urgente analisar uma engenharia de incentivos eficiente que possa moldar o comportamento racional dos agentes económicos e permitir a acumulação de capital.
Uma sugestão interessante e que foi adoptada em vários países vem da politica fiscal especificamente, da tributação patrimonial. A efectiva tributação do património é um excelente estabilizador automático da economia e tem o poder de moldar o comportamento e a racionalidade dos consumidores. Nesta actual conjuntura nacional a tributação patrimonial é, sem dúvida, o mecanismo mais eficiente e sustentável para aumentar a educação financeira e garantir a prosperidade nacional.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Comprar ou alugar imóvel?

As pessoas sempre pensam que o imóvel valoriza. Essa é uma armadilha psicológica” Mauro Calil



SÃO PAULO – O que é mais vantajoso: comprar ou alugar um imóvel? Para os especialistas ouvidos pela InfoMoney, mais do que responder a esta questão, o mais importante é livrar-se das armadilhas financeiras que as duas ações podem ter.
Por isso, é importante ficar atento à leitura dos contratos, de compra ou de aluguel, e às condições dos imóveis. E ainda adequar as suas necessidades à sua renda.
Perigos na hora da compra
Comprar um imóvel significa, para muitos brasileiros, comprometer a renda por um período muito longo. “Essa é a principal armadilha quando se pensa em comprar um imóvel: dar um passo maior do que as pernas”, afirma o educador financeiro Álvaro Modernell.
Ele reforça que o comprometimento da renda da família com o financiamento da casa não deve ultrapassar os 30%. Para o educador financeiro Mauro Calil, o importante é ficar atento aos juros desses financiamentos. “O preço pago pelo imóvel é aquele que sai do seu bolso”, afirma.
Para Calil, um imóvel anunciado por R$ 200 mil acaba saindo por R$ 400 mil com o financiamento. E quando o mutuário revende a unidade por R$ 400 mil, acredita que ganhou 200 mil. “No final das contas ele não ganhou nada”, conclui. Esse aumento no valor não deve-se, contudo, apenas aos juros, embora eles representem boa parte do preço que o consumidor paga.
O educador reforça que existem outros elementos que elevam a conta final. “Você vai pagar cartório, despesas ligadas à transação, taxas”, diz. “E antes de fechar o negócio, você já teve despesas com pessoal para analisar o contrato”. Entram na conta despesas com certidões, ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis), registros e até taxa de avaliação.
A questão da valorização foi lembrada pelos especialistas. “A questão da localização do imóvel é importante, porque o bairro pode valorizar, mas também desvalorizar o imóvel”, afirma Modernell. “Essa é uma armadilha psicológica. As pessoas sempre pensam que o imóvel valoriza”, afirma Calil. “O que valoriza um imóvel é o desenvolvimento do bairro ao seu redor. Se este bairro já estiver formado, provavelmente seus preços já estão próximos do pico com baixo potencial de elevação”, explica o educador.
“Como todo contrato de longo prazo, existem riscos macros e familiares”, ressalta Modernell. Na esfera macro, a economia local pode não crescer como o esperado, impactando no mercado de trabalho e fazendo o mutuário ter menos crédito e, até, perder o emprego. Esses riscos, avalia o educador, devem ser levados em conta. “Se você fica sem pagar o financiamento, além da dívida, pode perder o imóvel”, conclui Calil.
Perigos na hora de alugar
Na hora de alugar um imóvel, as principais armadilhas financeiras podem estar nas contas feitas pelos inquilinos. “É preciso ponderar os gastos, que não são somente do aluguel”, afirma Modernell. Segundo ele, o mais importante é colocar tudo no papel, lembrando que o comprometimento da renda com a locação não deve ultrapassar os 30%.
Nessa conta, avalia o educador, devem entrar o valor do condomínio e o valor do estacionamento, caso o imóvel não tenha garagem.
Por isso, alerta Modernell, é importante avaliar o custo-benefício e adequá-lo às necessidades e ao bolso de quem procura um imóvel para alugar. Para ele, no fim das contas, deixar de ler atentamente o contrato pode ser uma das principais armadilhas na transação.
Todas as contas feitas pelos educadores não significam que comprar um imóvel seja menos vantajoso que alugar. Cada um deve pensar qual opção pode ser mais vantajosa de acordo com a situação econômica na qual se encontra.
“Quem não tem imóvel deve alugar de quem tem para morar. E quem não tem dinheiro deve alugar dinheiro de quem tem para satisfazer seu desejo de comprar”, afirmou Calil. “A cultura do brasileiro diz que aluguel é dinheiro jogado fora. Se você acredita nisso, então escolha o menor desperdício”, reforça. "Você pode ter seu imóvel. Escolha o caminho mais fácil para isso sem cair na armadilha das falsas crenças", ressalta Calil. 

sábado, 2 de julho de 2011

Educação financeira e prodigalidade

“Certo homem tinha dois filhos. O mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me toca. Repartiu-lhes, pois, os seus haveres. Poucos dias depois, o filho mais moço ajuntando tudo, partiu para um país distante, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente...”  Lucas 15:11-21, parábola do filho pródigo.

O provérbio popular “O filho pródigo a casa torna” é muito utilizado porém, pouco compreendido. A palavra pródigo esta associada aquele que despende mais do que é necessário ou conveniente; gastador, desperdiçador; perdulário, dissipador; esbanjador. Tendência particular da pessoa para despesas injustificadas e ruinosas fazendo gastos imoderados capazes de comprometer seu património.
A maioria das pessoas associa "pródigo" com algo positivo. Confundindo inclusive com "prodígio". Portanto, o filho pródigo seria o filho bom, saudoso, genial etc. Mas porque ele volta? Saudade? Se preocupa com a família? Infelizmente não. Ele volta porque ESBANJOU tudo que recebeu do pai como pagamento antecipado da herança. Essa é a definição perfeita de alguém sem educação financeira. O mais preocupante é que essa situação acontece com muita frequência e afecta muitas famílias.
A educação financeira dos filhos é uma tarefa fundamental que cabe às famílias para garantir maiores chances de sucesso dos filhos. Sem dúvida, assim como as habilidades académicas e profissionais são importantes, as habilidades financeiras são imprescindíveis nos dias actuais. Somente com educação financeira poderemos garantir que as decisões de investimento/gasto sejam feitas de forma racional em vez de serem determinadas por factores emocionais tais como a vaidade, ostentação, desejo e impulso.
Os desafios que se apresentam para grande parte dos países ainda subdesenvolvidos não serão alcançados sem investir na educação financeira que melhora a inteligência e a racionalidade dos agentes económicos. Actualmente, todos nós estamos a ser desafiados para aumentar a nossa literacia financeira e cada dia que passa tomamos consciência de que a forma como gastamos o nosso dinheiro é determinante da nossa condição futura e até sobrevivência como família ou nação.
Devemos ser capazes de combater a prodigalidade e a educação financeira é uma das poucas alternativas que temos para alcançar esse objectivo. A educação financeira tem como objectivo desenvolver a competência em lidar com o dinheiro, evitando atitudes precipitadas ou emocionais na hora de investir e permite exercitar a prudência e capacidade de resistência a chantagens emocionais de consumo.
Pouco conhecimento da população sobre assuntos financeiros e pouca maturidade em controlar os impulsos de consumo tem levado a má gestão de finanças pessoais e familiares e contribuído para o aumento de casos de famílias em situação na qual são incapazes de pagar suas dívidas com o rendimento familiar disponível
Neste contexto, é de todo interesse da nação se preocupar com a educação financeira da população, condição essencial para alcançar maior prosperidade de famílias, empresas e constitui um dos instrumentos mais eficazes no combate á pobreza.
Tendo em consideração que pouquíssimas pessoas tem consciência da sua má-educação financeira (e em muitos casos a situação é mais grave e pode ser classificada como “insanidade financeira”) a educação financeira cabe ao estado através de programas nacionais, nos moldes que é feito nos países já desenvolvidos que já incluíram o tema educação financeira nas escolas.
O filho pródigo pode ser no futuro um governante pródigo e multiplicar assim as probabilidades de causar um grande dano ao País. A visão do governo de ter uma nação inclusiva, justa e próspera deve passar necessariamente pela educação financeira da população e dada a importância desse tema, não deveremos deixar a educação financeira somente na responsabilidade da família pois, nem sempre existe clara consciência do problema.

Segue uma versão bem-humorada da parábola do filho pródigo que encontrei na net.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Educação financeira, subsidiariedade e liberdade de escolha

Erro comum que se comete na nossa sociedade acontece na opção de “financiamento” da herança dos filhos isto é, muitas famílias optam por tomar empréstimo no banco com o pretexto de deixar uma herança para os filhos. Incapazes de controlar o impulso para o consumo e de fazer planeamento financeiro com poupança, acabam por optar pelo caminho mais fácil porém, mais oneroso para a família.
As famílias, muitas vezes, não têm noção exata dos custos (Ex: juros, os benefícios que vão ter de abrir mão) associados á decisão de contratar um financiamento de longo prazo para “investir” em um bem de consumo durável (Ex: Casas, automóvel etc). Quando forem muito altas, as prestações podem provocar perdas na capacidade de consumo, perda de qualidade de vida, stress financeiro que traz problemas mentais, emocionais, perda de laços sociais entre outros problemas que já fazem parte do nosso cotidiano. Os filhos acabam sempre por ser os mais prejudicados com essa decisão. Terão de abrir mão de férias, passeios, sacrificar o consumo e adiar necessidades por uma decisão, que não raras vezes, foi tomada para satisfazer desejos, caprichos e vaidades dos pais.
Preocupados com a estabilidade financeira futura dos filhos várias famílias precipitam e decidem antecipadamente o que deixar para os filhos retirando destes, a possibilidade de opinar e decidir sobre onde preferem morar depois de crescidos, qual o tipo de casa que gostariam de ter, quem serão os vizinhos e principalmente, sem se dar conta do sacrifício que terão que enfrentar durante as melhores fases da sua vida para que a família possa ostentar a casa e o carro. Embora sendo motivada por questões nobres, pode não ser a melhor decisão comprometer grande parte do orçamento familiar com extensas prestações (muitos países costumam recomendar até o limite de 1/3 do rendimento familiar, comprometido com prestações de longo prazo).
A família poderia alcançar uma melhor situação se decidir com a razão ao invés de deixar a emoção falar mais alto e cair na tentação de realizar o sonho da casa própria antes do tempo. Pode-se até justificar o “investimento” com argumentos de carácter social, psicológico etc, entretanto, quando se lida com dinheiro, principalmente em relação a um investimento que compromete elevada parcela do rendimento familiar o argumento deve ser essencialmente económico e financeiro isto é, deve-se usar a racionalidade económica para decidir.
A usurpação do direito de escolha dos filhos aliada às carências que ele terá de passar durante todo o período das prestações pode trazer frustrações futuras e talvez até traumas devido a carências várias.
A nossa história é recente e ainda não nos permite fazer uma avaliação sobre as opções que as nossas famílias tomaram nestas duas últimas décadas. O financiamento massivo para a casa própria, as mudanças estruturais nas construções, o aumento do preço das habitações, as facilidades de financiamento são fenómenos recentes na nossa economia e somente nos próximos anos teremos informações suficientes e evidências que nos permite avaliar os resultados.
As decisões financeiras, principalmente quando envolvem longo prazo de amortização devem levar em consideração a situação futura dos filhos e adequar o tamanho, a qualidade e o tipo de investimento ao orçamento familiar, sem comprometer o bem-estar da família. Mais importante ainda é a ponderação sobre o que a família vai abrir mão no presente para realizar o sonho de ter uma casa da moda ou o carro do ano. Frequentemente não se justifica a compra da casa própria por motivos ligados à segurança financeira do filho no futuro.
Se o motivo do investimento for a segurança financeira da família, as melhores escolhas seriam fazer investimento em bens de capital (ex: acções, empresas, ou algo que da rendimentos para a família) ou uma poupança para o filho que, oportunamente terá a liberdade suficiente para decidir o que fazer com o dinheiro acumulado e, se quiser, pode comprar uma casa NOVA em “Cash” em vez de herdar uma casa VELHA.

domingo, 22 de maio de 2011

Decida. Seu filho ou juros

A resposta parece óbvia mas, infelizmente, o que se verifica é que muitas famílias decidem pelo juro ao financiarem a casa própria sem ter feito previamente uma poupança, sem fazer o planeamento financeiro familiar e sem se aperceberem das consequências das suas decisões na compra da casa do sonho. Muitas vezes influenciadas pelo marketing bem elaborado das imobiliárias, facilidade do governo com bonificações, assédio dos bancos e, pressionadas pela sociedade de consumo acabam por optar pela compra de um imóvel, muitas vezes acima da real capacidade financeira da família.
As prestações a serem pagas em 25 ou 30 anos escondem o facto de que a partir do dia da assinatura do contrato de financiamento o Banco vai se tornar “membro” da família e beneficia de parte do orçamento familiar. Para ele sempre fica a maior parte do rendimento familiar e será sempre o primeiro a garantir a sua parcela. Todas as prestações, principalmente, as de longo prazo de amortização são compostas de duas partes (a amortização do empréstimo e os juros). Por exemplo, um financiamento de 5.000.000$00 (Cinco mil contos), para ser pago em 30 anos, a taxas de juros de 10%a.a, implica um desembolso familiar de aproximadamente 43.879$00 mensais e no final de 30 anos já terá pago cerca de 15.796.288$00 sendo mais de 10.000.000$00 pagos somente para os juros. Isto é, para ter uma casa ao final de 30 anos a família decidiu dar duas casas para o banco e uma casa velha (com 30 anos de idade) para o filho. Uma família que decide fazer este negócio realmente optou pelos juros em detrimento do filho.
Frequentemente, a decisão de comprar uma casa esta associada a motivos nobres tais como garantir algum património para o filho. Este é um dos erros mais frequentes entre as nossas famílias que culturalmente tendem a deixar a casa para os filhos como herança. A história tem demonstrado que a melhor herança que os pais podem deixar aos filhos é a educação e também, garantir aos filhos uma infância e adolescência sem muitas carências para que cresçam saudáveis, sem traumas emocionais, frustrações etc. Neste contexto, a decisão da família em comprar a casa própria deve ser precedida de muita ponderação principalmente, se a segurança futura do filho é o motivo para este “investimento”.
Grande parte da população não consegue perceber os detalhes e as consequências das suas opções em relação ao dinheiro. Esquecem que o preço que tem de pagar pela pressa em ter casa e carro são os juros e as carências que os filhos terão de passar ao longo de 30 anos em troca da ostentação da casa comprada, muitas vezes, para satisfazer um desejo ou vaidade. Esquecem o fato de que para garantir uma vida tranquila para os filhos deveriam deixar como herança uma poupança ou um património que é um ativo (que lhe dá rendimentos, como empresa, acções, aplicações financeiras etc) ao invés de um património que é um passivo (lhe deixa mais pobre, como casa, carro etc).
Seria mais sensato se as famílias optassem pelos filhos. Resistindo á tentação de compra imediata da casa própria e optassem por fazer uma poupança para comprar a casa mais tarde ou deixar o dinheiro poupado para os filhos decidirem, posteriormente, o que fazer com essa riqueza. Essa ideia esta de acordo com o princípio da subsidiaridade da doutrina da igreja católica (ver ponto 187).