sexta-feira, 15 de abril de 2011

Educação financeira em tempos de crise

Quem compra o que não precisa, um dia precisará vender o que precisa
Provérbio árabe
O uso inteligente do dinheiro é um desafio que a nossa sociedade tem pela frente principalmente neste contexto de crise financeira e necessidade de sobrevivência dos nossos empreendedores neste ambiente cada vez mais competitivo.

Aumentar a maturidade financeira da população, entendida como a capacidade de adiar os desejos de agora em função de futuros benefícios, disciplina e respeitar o tempo que as coisas precisam ter para realizar é um objectivo que todo governo deve traçar no âmbito da estratégia de desenvolvimento sustentável do país. Deve-se procurar meios (educação financeira) de possibilitar que as decisões de investimento sejam feitas de forma racional em vez de serem determinadas por factores emocionais tais como a vaidade, ostentação e impulso.

Ter dinheiro sem ter inteligência financeira é dinheiro que desaparece depressa. A maioria das pessoas não percebe que na vida o que importa não é quanto dinheiro você ganha, mas quanto dinheiro você consegue conservar. Na verdade, mais importante do que o tamanho do seu património é o fluxo de rendimento capaz de lhe garantir uma vida decente e tranquila. Ser independente financeiramente e ter equilíbrio e tranquilidade em relação ao dinheiro é algo que pode ser alcançado através de um programa de educação financeira que visa moldar comportamentos, hábitos e posturas em relação ao dinheiro.
Aumentar a inteligência financeira é uma condição necessária para o progresso de indivíduos, famílias, empresas e também do país.

Educação financeira é entendida como um conjunto amplo de orientações e esclarecimentos sobre posturas e atitudes adequadas no planeamento e uso dos recursos financeiros pessoais. Também, encontra-se associada á habilidade individual para tomar decisões apropriadas na gestão financeira. De acordo com vários investigadores sobre esse tema, a maioria das pessoas acompanha a multidão, fazem apenas o que todo mundo faz. Sem questionar, com medo de ser diferente, medo das criticas e medo do ridículo. O medo de ser diferente impede que muitas pessoas busquem novas formas de resolver seus problemas.

Neste contexto, sempre vale a pena lembrar e reforçar que a mudança para uma sociedade mais racional economicamente carece de maior comprometimento do estado neste processo adoptando políticas públicas que possam melhorar a inteligência financeira da população. Pela actual situação económica do País nota-se que politicas públicas direccionadas a melhorar a inteligência financeira são imprescindíveis para o nosso futuro.

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